Em casa ou na marina?

Em casa ou na marina?

Créditos: Acioni Cassaniga 

Ter o próprio barco e navegar pelos belos destinos do país é um lazer cada vez mais buscado pelos brasileiros, mesmo em tempos de pandemia, já que depois da casa é um lugar seguro para se estar com a família. Porém, depois de adquirir o barco é hora de encontrar uma vaga estruturada para a guarda. Especialmente quem tem barcos de menor dimensão, de até 30 pés, algumas vezes prefere deixar em uma garagem ou em espaço de sua própria residência. Vale a pena ou não? 

Para esclarecer o assunto, reunimos dicas de especialistas da Marina Itajaí, um dos principais complexos náuticos do país, sobre o que é importante observar ao escolher o melhor local para o armazenamento do barco, confira. 

Frequência de uso – Um dos aspectos que deve ser observado na hora de escolher guardar o barco em casa ou em uma marina é a frequência de uso. Uma marina oferece mais praticidade para as movimentações, ou seja, tirar e colocar o barco da água, o que facilita e torna prático os passeios longos ou de curta duração. A Marina Itajaí, por exemplo, oferece planos com no mínimo seis saídas para a água por mês. A movimentação através de equipamentos de alta tecnologia e acompanhamento técnico garantem proteção ao barco nos deslocamentos de chegada e saída ao hangar.  

Transporte do barco – A facilidade de transporte é outra característica para ser observada já que em casa é preciso ter um carro e equipamentos adequados para rebocar o barco, o que pode ficar ainda mais difícil em caso de mau tempo. É importante levar em consideração ainda a gasolina gasta no trajeto, se a rampa fica próximo à sua casa e se há vagas para estacionar o carro e/ou a carreta no local de saída.  Opções de lazer na região de partida do barco como restaurantes também proporcionam uma melhor experiência, além de postos de combustível e conveniências.  

Custo – A maior vantagem de deixar uma embarcação em casa é o custo. Em casa, basta ter espaço sobrando para colocar o barco. Entretanto, na marina não há necessidade de rebocar o barco para colocar na água e, em alguns casos, o custo de movimentação está incluso na locação da vaga. No caso da Marina Itajaí, por exemplo, a partir de R$ 550, é possível guardar embarcações em vagas secas e o valor ainda inclui 12 movimentações para a água. E, como sabemos que ‘tempo é dinheiro’, essa é uma facilidade que, dependendo do perfil do navegador, gera mais tranquilidade e poupa horas de trabalho.  

Manutenções regulares – Ter uma embarcação exige manutenções preventivas e limpezas regulares, além de eventuais reparos assim como um carro. Por isso, caso a opção da guarda da embarcação seja em uma marina, é importante se certificar que o local conte com estrutura apropriada para a realização de serviços.  

Proteção e segurança – Em casa, a embarcação algumas vezes pode ficar exposta ao sol, vento ou chuvas. Por isso, mesmo que se coloque uma cobertura impermeável, tenha certeza de que o local está protegido de intempéries. No caso da Marina Itajaí a vaga seca é coberta e resguardada. Já as vagas molhadas têm fácil acesso pelo píer e estão em baía abrigada. Além disso, a empresa ainda oferece portaria e segurança 24 horas. 

Conheça a história do casal que fez a sua própria “casa sobre as águas”

Conheça a história do casal que fez a sua própria “casa sobre as águas”

Sérgio e Dôra levaram 11 anos construindo o veleiro Ictus, atualmente atracado na Marina Itajaí 
Créditos: Divulgação  

O dia 9 de maio de 2020 entrou para a história do casal Sérgio Danilas, 68 anos, e Maria Auxiliadora Villar Castanheira, 60 anos. A data marcou o início de uma nova vida para os ex-jogadores de vôlei pela Seleção Brasileira e atletas olímpicos. Foi neste dia que eles colocaram pela primeira vez o veleiro Ictus na água, na sede da Marina Itajaí, no litoral de Santa Catarina, onde pretendem morar o resto de suas vidas. 

O Ictus não é um veleiro convencional. Ele foi construído a quatro mãos durante 11 anos. Tudo começou há cerca de 22 anos com um desejo de Sérgio, que sonhava com a vida de velejador.  

“Depois de alguns anos velejando eu tive a certeza de que queria ter meu próprio barco. Só que não dava para comprar porque os veleiros têm um custo muito alto, principalmente por conta da mão de obra. A solução foi fazer um”, conta Sérgio.  

E foi dentro de um galpão em Curitiba, há 11 anos, que Sérgio iniciou a obra com a ajuda de Dôra, na época, já haviam se aposentado dos jogos de vôlei e exerciam outras atividades profissionais. Nos primeiros anos da construção, Sérgio revezava entre o trabalho como químico e a construção do barco. A esposa Dôra conciliava as tarefas do barco com os trabalhos em um projeto social que exercia junto ao ex-técnico Bernardinho. Mas, nos últimos cinco anos, resolveram se dedicar exclusivamente ao veleiro, que foi concluído recentemente.   

“Quando o veleiro estava praticamente pronto, foi um alívio. Estava na hora de colocar o barco na água. Às vésperas de nossas aposentadorias avaliamos morar no barco e a Dôra abraçou essa ideia”, diz Sérgio. 

O casal, que morava na capital paranaense, escolheu como quintal de casa a Baía Afonso Wippel, na Marina Itajaí. No dia 17 de março, o Ictus saiu de Curitiba rumo a Itajaí, em Santa Catarina. Como foi no período de isolamento social por conta da pandemia, o barco ficou parado na marina até abril, quando o casal retomou os serviços que faltavam e em 9 de maio, finalmente, colocou o veleiro na água. É no Ictus, desde então, o novo endereço de Sérgio e Dôra. 

Conheça o veleiro Ictus 

O Ictus foi projetado por Roberto Barros. Ele tem 40 pés – 12,3 metros de comprimento – três quartos, dois banheiros, sala, cozinha e espaço externo para refeição e lazer. Mas há características que o diferenciam dos veleiros tradicionais e produzidos em estaleiros.  

Para começar, é feito de sanduíche de fibra de vidro – duas camadas de fibra de vidro e o interior com uma chapa de polipropileno em forma de colmeia. Esse material faz com que o barco fique mais leve, porém, resistente.  

Outra característica é que o veleiro possui motor elétrico, e não motor a diesel. O sistema híbrido, com bateria e gerador, move o motor, além de garantir energia elétrica para outros utensílios do barco como micro-ondas, aquecedor de água, fogão e forno elétrico.   

“Procuramos fazer um barco o mais confortável possível para morar. Ele tem o conforto de uma casa, mas não o espaço de uma casa, porque aqui é tudo apertadinho. Também não é um barco luxuoso, pois foi feito por amadores, a mão, mas a nossa preocupação sempre foi em ser um veleiro seguro, confiável, confortável e ter tudo o que precisamos para viver nele”, diz Sérgio. 

Expedição Ictus 

O veleiro, que ganhou o nome Ictus, que vem do grego e significa peixe, vai ter sua história contada pelas palavras de Dôra Castanheira. A Expedição Ictus vai revelar todos os detalhes e encantos desse projeto de vida, sonhado e idealizado pelo casal. O material será disponibilizado, em breve, em um site.  

“Eu acho muito bacana essa história do Sérgio, o sonho sendo realizado e eu poder compartilhar. No mundo são poucos os que fizeram seu próprio barco, ainda mais deste porte. Deixou de ser um hobby e virou um projeto de vida, por isso, temos que contar essa história de amor a um ideal”, revela Dôra.  

A intenção do casal também é, assim que possível, velejar pela costa catarinense e, quem sabe, para mais longe, além de desenvolver projetos sociais ligados ao esporte e ao meio ambiente. 

“Expedição Ictus significa ampliar horizontes, no sentido de conhecer pessoas e lugares. Mas não construímos um barco apenas para passear e morar, queremos contribuir para melhorar o mundo. Iniciamos uma nova etapa da vida, depois dos 60 estamos com todo o ‘gás’, com energia para realizar”, conclui Dôra. 

Marina Itajaí investe em sustentabilidade com painéis solares

Marina Itajaí investe em sustentabilidade com painéis solares

Marina Itajaí instala painéis – fotos divulgação Marina Itajaí

A Marina Itajaí é um dos primeiros complexos náuticos do Sul do Brasil a investir em painéis solares. Foram instalados um conjunto de 240 módulos fotovoltaicos que ocupam uma extensão de 700 m2. O investimento é de cerca de R$ 160 mil e o objetivo é implantar soluções eficientes e menos nocivas ao meio ambiente, além de proporcionar uma redução em até 50% do custo de energia elétrica no primeiro ano.  

“A Marina Itajaí já desenvolve uma série de ações sustentáveis como a captação de água da chuva para reuso, aquecimento solar para chuveiros e, agora, complementa com a instalação do sistema fotovoltaico, que além de ser mais sustentável, gera economia”, analisa Carlos Oliveira, diretor da Marina Itajaí.  

Os módulos da WEG são feitos de silício policristalino com 345 WP de potência cada. A instalação e manutenção são da empresa catarinense Artesolar, especializada nas tecnologias. A montagem das placas levou cerca de 10 dias para ser concluída e o funcionamento iniciou em junho,, após a vistoria final da concessionária de energia elétrica.    

Os módulos duram em média 25 anos sem a necessidade de qualquer mudança estrutural, exceto pela manutenção anual de limpeza.  

Manobra inaugural na nova Bacia de Evolução é acompanhada na Marina Itajaí

Manobra inaugural na nova Bacia de Evolução é acompanhada na Marina Itajaí

A primeira manobra especial na nova Bacia de Evolução de Itajaí, realizada com um navio de 334,98 metros de comprimento, foi acompanhada por autoridades na manhã de segunda-feira (1º) no molhe da Marina Itajaí. A manobra faz parte de uma série de testes da segunda etapa das obras da bacia. A ação foi promovida pelo complexo portuário de Itajaí e respeitou todas as normas de prevenção e distanciamento.

Para o diretor da Marina Itajaí, Carlos Oliveira, o momento representa o desenvolvimento da economia da cidade.

“Nós da Marina Itajaí ficamos felizes em fazer parte deste momento tão importante para a cidade. Itajaí vem crescendo a cada ano e agora ganha ainda mais competitividade no mercado com a possibilidade de receber navios maiores. Isso vai gerar uma economia cada vez mais forte e com expectativa no aumento das exportações para os próximos anos”, analisa Carlos.

Conforme informações do Porto de Itajaí, o navio Ever Laurel, de 334,98 metros de comprimento por 45,80 metros de largura (boca), fez a manobra de saída do canal portuário rebocado de popa (ré) até a Baía Afonso Wippel, localizada em frente ao molhe da Marina Itajaí. Em seguida, concluiu um giro de 180°. A manobra foi coordenada e monitorada pela Superintendência do Porto de Itajaí, Marinha do Brasil, praticagem, APM Terminals, Portonave, empresa de rebocadores e acompanhada por demais autoridades.

O cronograma prevê a realização de 12 manobras especiais nesta fase da obra. De acordo com os parâmetros operacionais deste tipo de navegação, serão seis manobras de saídas e mais seis de entradas de ré no canal interno, com giros anteriores ou posteriores na área da nova Bacia de Evolução. Concluída as obras da segunda etapa, o complexo portuário de Itajaí poderá receber embarcações acima de 337 metros de comprimento.

Família Schurmann retorna ao Brasil e permanece em quarentena na Marina Itajaí

Família Schurmann retorna ao Brasil e permanece em quarentena na Marina Itajaí

Créditos: Divulgação / Família Schurmann

A Família Schurmann está de volta a Itajaí. Após passar quatro meses nas Ilhas Falklands/Malvinas e Georgia do Sul, o veleiro Kat atracou na Marina Itajaí, no litoral de Santa Catarina, no dia 13 de maio. Os velejadores permanecem em isolamento social na marina e ainda não há previsão para uma nova viagem.  

“É muito bom estar de volta, em poder me comunicar por vídeo com meus filhos, netos, parentes e amigos. Mas o isolamento permanece e é necessário. Agora, estamos todos no Brasil, seguindo as medidas de distanciamento, com a certeza de que esta tempestade vai passar. Ela é mais dura e cruel com muitos, infelizmente. Mas vai passar. Até lá, que a gente faça a nossa parte, dentro do que é possível e nos compete”, disse Vilfredo assim que chegou ao Brasil. 

Além de grandes e renomados velejadores como a Família Schurmann, a Marina Itajaí possui atualmente cerca de 200 barcos atracados, sendo cinco internacionais. O período de quarentena também motivou vários navegadores a realizarem o distanciamento a bordo, sem contar as famílias que moram em suas embarcações. 

“Com o isolamento social, as famílias ficaram mais conectadas às embarcações. Antes, os barcos eram mais utilizados para lazer, esportes e encontros com amigos em férias, feriados ou finais de semana. Agora, essa percepção tem mudado e muitas pessoas fizeram dos barcos a extensão de suas casas”, analisa o diretor da Marina Itajaí, Carlos Oliveira.  

Quarentena a bordo 
O veleiro Kat partiu de Itajaí em janeiro de 2020 rumo ao extremo sul da América. A bordo estavam Vilfredo, o filho Wilhelm Schurmann e a nora Erika Cembe-Ternex. A previsão era retornar ao Brasil em meados de março, mas com a pandemia, os velejadores precisaram estender a viagem e se adaptar à nova realidade.  

“Ficar isolado a bordo fez do mar o local mais seguro naquele momento. Foram raríssimos o contato – mesmo que apenas visual e a distância – com outras pessoas. Lá, nossos companheiros eram pinguins, focas, albatrozes, golfinhos e outros animais”, lembra Vilfredo.  

A volta para casa começou em 4 de maio e, após nove dias e meio velejando com bom tempo, a Família Schurmann atracou na Marina Itajaí, a casa do veleiro Kat, onde permanece em isolamento social. O capitão Vilfredo segue escrevendo o livro inspirado na Expedição U-513 – Em Busca do Lobo Solitário. Já Heloisa e o filho David estão há mais de 60 dias isolados em São Paulo. A família também planeja a próxima expedição Voz dos Oceanos, que tem o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente como parceiro global, com a intenção de conscientizar a população sobre a necessidade de despoluir os oceanos.