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Novo setor especializado em serviços náuticos na Marina Itajaí emprega mais de 150 pessoas de forma indireta através de empresas terceirizadas e tornou o complexo turístico referência no Brasil para a realização de reparos e manutenções preventivas em embarcações. Diferenciais em equipamentos como Travel-Lift, único no Sul do país capaz de erguer barcos de 75 toneladas, atraem proprietários de barcos de várias partes do mundo.
O novo Centro de Serviços Náuticos de Itajaí completará dois anos de funcionamento somente em outubro deste ano. Entretanto, nos últimos 12 meses, já conta com mais de 350 contratos de serviços realizados e vem contribuindo para o desenvolvimento econômico da região. A área está situada dentro da Marina Itajaí e opera desde o início das atividades do complexo náutico, em 2015. Em 2018, o espaço foi ampliado para atender a demanda crescente de barcos por manutenções. Tem como diferencial no Sul do país os equipamentos de alta tecnologia para a movimentação de barcos com até 75 toneladas e pátio capaz de receber 11 embarcações de 85 pés de forma simultânea.
“Itajaí é uma cidade que possui grande vocação náutica. A criação do centro de serviços náuticos veio para atender uma demanda já existente de clientes que buscavam a marina para realizar movimentações com segurança e comodidade para reparos e manutenções preventivas”, diz o diretor Marina Itajaí Carlos Oliveira.
Geração de emprego e renda
Somente no último ano (agosto 2019/2020) mais de 350 serviços foram realizados na Marina Itajaí. Isso representa, de forma indireta, cerca de 150 empregos gerados pelo setor no local. Ultimamente, em média, são fechados pelo complexo náutico mais de 30 contratos por mês para movimentações e o atendimento de empresas terceirizadas no pátio. No local é possível encontrar serviços como: restauro em fibra de vidro, pintura de fundo e costado, manutenção mecânica, soluções em inox e motorização.
“O período de pandemia, certamente, influenciou o comportamento dos consumidores e a procura pelos serviços de manutenção. Houve uma queda na prestação de serviços em relação ao ano anterior provocada, especialmente, pelo lockdown, o que atrasou os atendimentos que já estavam em andamento e a agenda de movimentações. Isso fez com que os novos interessados adiassem a manutenção de barcos devido ao considerável aumento no período de espera”, explica a gerente comercial da Marina Itajaí Natasha Secchi.
Entretanto, mesmo diante do período de pandemia, somente neste primeiro semestre de 2020, mais de 180 serviços já foram realizados no local e a expectativa é de aumento na demanda nos próximos meses devido ao crescimento na procura online por barcos registrados por empresas do setor. Uma demanda também notada por revendas de embarcações e pelas empresas de gerenciamento de cotas de barcos compartilhados, serviços que também podem ser encontrados em empresas situadas na Marina Itajaí.
Segurança em movimentações de barcos
Um dos fatores que contribui para a consolidação do centro de serviços náuticos são tecnologias para erguer barcos e o acompanhamento de profissionais qualificados durante as movimentações. Para se ter uma ideia, cerca de 230 barcos são içados em média por mês pelos modernos equipamentos da Marina Itajaí como o Travel Lift para até 75 toneladas e o Fork Lift para até 12 toneladas.
“Temos uma alta procura por movimentações de embarcações, especialmente por clientes de vagas secas que optam pela marina pela segurança de colocar e retirar o barco da água. Entre os meses de junho e outubro, em específico, registramos alta procura por operações do Travel-lift. É um período considerado de alta temporada para manutenções e preparação de barcos maiores para o verão. Já o ForkLift opera mais no verão, quando crescem as saídas para os passeios”, explica Secchi.
Como agendar uma movimentação do barco?
Na Marina Itajaí, a operação dos barcos de clientes com o Fork-Lift pode ser feita na hora ou com agendamento prévio. Para se ter uma ideia do custo de movimentação, uma lingada (descida e subida) avulsa no Fork-Lift sai por R$ 7,40 por pé. Isso significa menos de R$ 180 a movimentação para barcos com até 24 pés. Entretanto, o complexo também oferece planos com valores a partir de R$ 550 mensais para embarcações com essa dimensão para a guarda em vagas secas e que já incluem até seis saídas para a água. O serviço de fork-lift é oferecido todos os dias, incluindo finais de semana e feriados, das 8h às 18h.
Já as movimentações para o pátio de serviços com o Travel-Lift ocorrem mediante agendamento e disponibilidade. A lingada (descida e subida) avulsa no Travel-Lift custa R$ 52,00 por pé para embarcações de até 50 toneladas e R$ 100 com pesagem acima de 50 toneladas. O serviço de travel-lift é oferecido de segunda a sexta-feira das 8h às 18h.
Outras informações sobre a movimentação de embarcações podem ser obtidas pelo telefone: 47 99270-7390.
Ter o próprio barco e navegar pelos belos destinos do país é um lazer cada vez mais buscado pelos brasileiros, mesmo em tempos de pandemia, já que depois da casa é um lugar seguro para se estar com a família. Porém, depois de adquirir o barco é hora de encontrar uma vaga estruturada para a guarda. Especialmente quem tem barcos de menor dimensão, de até 30 pés, algumas vezes prefere deixar em uma garagem ou em espaço de sua própria residência. Vale a pena ou não?
Para esclarecer o assunto, reunimos dicas de especialistas da Marina Itajaí, um dos principais complexos náuticos do país, sobre o que é importante observar ao escolher o melhor local para o armazenamento do barco, confira.
Frequência de uso – Um dos aspectos que deve ser observado na hora de escolher guardar o barco em casa ou em uma marina é a frequência de uso. Uma marina oferece mais praticidade para as movimentações, ou seja, tirar e colocar o barco da água, o que facilita e torna prático os passeios longos ou de curta duração. A Marina Itajaí, por exemplo, oferece planos com no mínimo seis saídas para a água por mês. A movimentação através de equipamentos de alta tecnologia e acompanhamento técnico garantem proteção ao barco nos deslocamentos de chegada e saída ao hangar.
Transporte do barco – A facilidade de transporte é outra característica para ser observada já que em casa é preciso ter um carro e equipamentos adequados para rebocar o barco, o que pode ficar ainda mais difícil em caso de mau tempo. É importante levar em consideração ainda a gasolina gasta no trajeto, se a rampa fica próximo à sua casa e se há vagas para estacionar o carro e/ou a carreta no local de saída. Opções de lazer na região de partida do barco como restaurantes também proporcionam uma melhor experiência, além de postos de combustível e conveniências.
Custo – A maior vantagem de deixar uma embarcação em casa é o custo. Em casa, basta ter espaço sobrando para colocar o barco. Entretanto, na marina não há necessidade de rebocar o barco para colocar na água e, em alguns casos, o custo de movimentação está incluso na locação da vaga. No caso da Marina Itajaí, por exemplo, a partir de R$ 550, é possível guardar embarcações em vagas secas e o valor ainda inclui 12 movimentações para a água. E, como sabemos que ‘tempo é dinheiro’, essa é uma facilidade que, dependendo do perfil do navegador, gera mais tranquilidade e poupa horas de trabalho.
Manutenções regulares – Ter uma embarcação exige manutenções preventivas e limpezas regulares, além de eventuais reparos assim como um carro. Por isso, caso a opção da guarda da embarcação seja em uma marina, é importante se certificar que o local conte com estrutura apropriada para a realização de serviços.
Proteção e segurança – Em casa, a embarcação algumas vezes pode ficar exposta ao sol, vento ou chuvas. Por isso, mesmo que se coloque uma cobertura impermeável, tenha certeza de que o local está protegido de intempéries. No caso da Marina Itajaí a vaga seca é coberta e resguardada. Já as vagas molhadas têm fácil acesso pelo píer e estão em baía abrigada. Além disso, a empresa ainda oferece portaria e segurança 24 horas.
O dia 9 de maio de 2020 entrou para a história do casal Sérgio Danilas, 68 anos, e Maria Auxiliadora Villar Castanheira, 60 anos. A data marcou o início de uma nova vida para os ex-jogadores de vôlei pela Seleção Brasileira e atletas olímpicos. Foi neste dia que eles colocaram pela primeira vez o veleiro Ictus na água, na sede da Marina Itajaí, no litoral de Santa Catarina, onde pretendem morar o resto de suas vidas.
O Ictus não é um veleiro convencional. Ele foi construído a quatro mãos durante 11 anos. Tudo começou há cerca de 22 anos com um desejo de Sérgio, que sonhava com a vida de velejador.
“Depois de alguns anos velejando eu tive a certeza de que queria ter meu próprio barco. Só que não dava para comprar porque os veleiros têm um custo muito alto, principalmente por conta da mão de obra. A solução foi fazer um”, conta Sérgio.
E foi dentro de um galpão em Curitiba, há 11 anos, que Sérgio iniciou a obra com a ajuda de Dôra, na época, já haviam se aposentado dos jogos de vôlei e exerciam outras atividades profissionais. Nos primeiros anos da construção, Sérgio revezava entre o trabalho como químico e a construção do barco. A esposa Dôra conciliava as tarefas do barco com os trabalhos em um projeto social que exercia junto ao ex-técnico Bernardinho. Mas, nos últimos cinco anos, resolveram se dedicar exclusivamente ao veleiro, que foi concluído recentemente.
“Quando o veleiro estava praticamente pronto, foi um alívio. Estava na hora de colocar o barco na água. Às vésperas de nossas aposentadorias avaliamos morar no barco e a Dôra abraçou essa ideia”, diz Sérgio.
O casal, que morava na capital paranaense, escolheu como quintal de casa a Baía Afonso Wippel, na Marina Itajaí. No dia 17 de março, o Ictus saiu de Curitiba rumo a Itajaí, em Santa Catarina. Como foi no período de isolamento social por conta da pandemia, o barco ficou parado na marina até abril, quando o casal retomou os serviços que faltavam e em 9 de maio, finalmente, colocou o veleiro na água. É no Ictus, desde então, o novo endereço de Sérgio e Dôra.
Conheça o veleiro Ictus
O Ictus foi projetado por Roberto Barros. Ele tem 40 pés – 12,3 metros de comprimento – três quartos, dois banheiros, sala, cozinha e espaço externo para refeição e lazer. Mas há características que o diferenciam dos veleiros tradicionais e produzidos em estaleiros.
Para começar, é feito de sanduíche de fibra de vidro – duas camadas de fibra de vidro e o interior com uma chapa de polipropileno em forma de colmeia. Esse material faz com que o barco fique mais leve, porém, resistente.
Outra característica é que o veleiro possui motor elétrico, e não motor a diesel. O sistema híbrido, com bateria e gerador, move o motor, além de garantir energia elétrica para outros utensílios do barco como micro-ondas, aquecedor de água, fogão e forno elétrico.
“Procuramos fazer um barco o mais confortável possível para morar. Ele tem o conforto de uma casa, mas não o espaço de uma casa, porque aqui é tudo apertadinho. Também não é um barco luxuoso, pois foi feito por amadores, a mão, mas a nossa preocupação sempre foi em ser um veleiro seguro, confiável, confortável e ter tudo o que precisamos para viver nele”, diz Sérgio.
Expedição Ictus
O veleiro, que ganhou o nome Ictus, que vem do grego e significa peixe, vai ter sua história contada pelas palavras de Dôra Castanheira. A Expedição Ictus vai revelar todos os detalhes e encantos desse projeto de vida, sonhado e idealizado pelo casal. O material será disponibilizado, em breve, em um site.
“Eu acho muito bacana essa história do Sérgio, o sonho sendo realizado e eu poder compartilhar. No mundo são poucos os que fizeram seu próprio barco, ainda mais deste porte. Deixou de ser um hobby e virou um projeto de vida, por isso, temos que contar essa história de amor a um ideal”, revela Dôra.
A intenção do casal também é, assim que possível, velejar pela costa catarinense e, quem sabe, para mais longe, além de desenvolver projetos sociais ligados ao esporte e ao meio ambiente.
“Expedição Ictus significa ampliar horizontes, no sentido de conhecer pessoas e lugares. Mas não construímos um barco apenas para passear e morar, queremos contribuir para melhorar o mundo. Iniciamos uma nova etapa da vida, depois dos 60 estamos com todo o ‘gás’, com energia para realizar”, conclui Dôra.
A Marina Itajaí é um dos primeiros complexos náuticos do Sul do Brasil a investir em painéis solares. Foram instalados um conjunto de 240 módulos fotovoltaicos que ocupam uma extensão de 700 m2. O investimento é de cerca de R$ 160 mil e o objetivo é implantar soluções eficientes e menos nocivas ao meio ambiente, além de proporcionar uma redução em até 50% do custo de energia elétrica no primeiro ano.
“A Marina Itajaí já desenvolve uma série de ações sustentáveis como a captação de água da chuva para reuso, aquecimento solar para chuveiros e, agora, complementa com a instalação do sistema fotovoltaico, que além de ser mais sustentável, gera economia”, analisa Carlos Oliveira, diretor da Marina Itajaí.
Os módulos da WEG são feitos de silício policristalino com 345 WP de potência cada. A instalação e manutenção são da empresa catarinense Artesolar, especializada nas tecnologias. A montagem das placas levou cerca de 10 dias para ser concluída e o funcionamento iniciou em junho,, após a vistoria final da concessionária de energia elétrica.
Os módulos duram em média 25 anos sem a necessidade de qualquer mudança estrutural, exceto pela manutenção anual de limpeza.
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