Da atuação no mercado de trabalho, paixão por esportes náuticos até a certificação de piloto de megaiates e a escolha por viver no mar com a família. A representatividade feminina é crescente no universo de embarcações. Selecionamos histórias de mulheres que têm em comum a paixão pelo mar. Confira.
Março, 2021 – Já foi o tempo em que o mercado náutico era dominado apenas por homens. Hoje, as mulheres atuam em diversas áreas no setor e são um público-alvo importante para os fabricantes de embarcações. É o que afirma Natasha Secchi, 32 anos, que trabalha há dez anos no mercado náutico, com venda de embarcações, e há três atua como gerente comercial com aluguel de vagas para barcos na Marina Itajaí, em Santa Catarina. Além de trabalhar no setor ela é amante da náutica e já fez travessia internacional, de Fernando de Noronha até o Caribe. Atuando em uma das maiores e mais modernas marinas do Brasil, Natasha tem acompanhado o crescimento feminino no setor.
“A cada ano a representatividade feminina aumenta, tanto na área comercial, design e decoração, como também técnica e de engenharia. Outra questão é que muitas mulheres participam também do processo de decisão de compra e muitas vezes estão à frente da negociação em si”, explica Natasha.
Foi o que aconteceu recentemente com a catarinense Gabriela da Silveira Marega, de 24 anos, que mora na Marina Itajaí junto com o marido, Jessé, e o filho de quatro patas, Kiwi, no veleiro Chicama II. Desde criança já nutria uma paixão pelo mar e costumava surfar em Garopaba. Há cerca de dois anos decidiu abandonar o jeito tradicional de morar e passou a viver em um veleiro. “O luxo diminui, a vida simplifica, mas os benefícios são muito maiores que as dificuldades. Quem nunca sonhou em viver desse jeito?”, questiona.
Se deixar o conforto de uma casa de lado para viver no mar já é uma decisão difícil para qualquer pessoa, imagine para uma mãe. Marina Louise Bittencourt, de 23 anos, passou a morar no veleiro Beduíno quando o filho tinha apenas dois meses. “Já não estávamos mais satisfeitos em viver aquela vida padrão que todos levam e tínhamos muita vontade de viajar. Conhecemos algumas pessoas que viviam a bordo e a ideia começou a criar forma, então decidimos vender nossa casa”, relembra.
Assim como a Gabriela e a Marina, a pedagoga Liana Bollbuck, de 30 anos, também tem um caso de amor com o mar desde criança. Ela mora em Curitiba, PR, e tem um veleiro monocasco, chamado Relax, que fica atracado na Marina Itajaí.
Liana recebeu recentemente uma certificação em yachtmaster, que é um certificado de competência internacional para operar embarcações de até 24 metros ou 200GT em qualquer parte do mundo. “Foi uma das experiências mais incríveis da minha vida”, comenta.
A expansão da mulher no setor náutico reflete uma realidade que já está presente em todos os setores da economia. Que as histórias dessas mulheres guerreiras possam inspirar outras mulheres a irem em busca dos seus sonhos, sejam eles quais forem.
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